 |
| Foto Ricardo Duarte/Internacional |
O Internacional viveu uma noite de extremos no Beira-Rio: começou irreconhecível, permitindo ao Nacional-URU construir 3 × 0 em pouco mais de meia hora, mas encontrou forças para buscar o 3 × 3 e manter-se, ao menos por ora, no topo do Grupo F da Libertadores. A virada de chave começou ainda no primeiro tempo, quando um pênalti sofrido por Wesley e convertido por Alan Patrick reduziu o prejuízo e reacendeu a arquibancada.
Na volta do intervalo, Roger Machado arriscou: abriu mão de um lateral e de um volante, lançou Borré, Vitinho e Óscar Romero, e a ousadia deu resultado. Bernabei, infiltrando como elemento surpresa, fez o segundo, e Fernando completou a reação ao desviar escanteio cobrado por Alan Patrick. O 3 × 3 arrancou aplausos, mas também expôs tarefas urgentes: corrigir a bola aérea que custou dois gols, reduzir erros de saída e evitar sobrecarga no capitão, decisivo porém extenuado.
Na tabela, o Colorado soma cinco pontos e pode ser ultrapassado por Bahia ou Atlético Nacional, que se enfrentam na quinta; a própria equipe de Medellín será o adversário seguinte, fora de casa — jogo que ganhou contornos de decisão antecipada. Conquistar ao menos um empate na Colômbia consolidará a reação; voltar a falhar defensivamente, porém, pode transformar o heroísmo de ontem em lembrança isolada.